É fundamental conhecer o significado do olhar, do tom da voz, dos gestos e dos movimentos. Ouça o que eles têm a te dizer. Brinque com eles. Faça programas juntos. Realize refeições em família e coloque o “papo” em dia. A criança e jovem poderão se desenvolver com segurança, pois aprenderão a dialogar, a serem ouvidos. A autoestima e autonomia encontrarão terreno fértil para se desenvolverem em um clima de cumplicidade.
Por isso, é importante que os pais não sejam super protetores. Com receio de que os filhos vivam qualquer experiência ruim, eles impossibilitam que tenham acesso à inúmeras experiências reais da vida que os permitam crescer. Por outro lado, temos muitas desvantagens educativas nas atitudes dos pais permissivos, com a imagem de “amigão ou amigona “ para os filhos. Vemos crianças e adolescentes sem noção de regras e limites, que reagem mal diante de situações desagradáveis que a vida lhe apresenta.
Diante disso, por que não interagir verdadeiramente com os filhos? O mais interessante é o quanto os pais aprendem na interação com os seus filhos. Eles passam a educar melhor a partir da relação que constroem com a singularidade e com a história de cada um.
Não temos manual para pais. Quando o filho nasce, inicia-se o processo de aprendizagem. Pode-se afirmar até que os pais mudam os seus comportamentos antes do nascimento do bebê, durante a gestação. Erros e acertos fazem parte do ato de educar.
Prezar pela interação com os filhos significa cuidar de toda a família, perpassando várias gerações. Os pais, quando envelhecerem, também precisarão dos cuidados dos filhos.
Vale a pena lembrar que a vida é formada por vários ciclos e que devem ser vividos com muito amor.
Autora: Sandra Maria Cavalcanti Rebel
Psicopedagoga e Neuropsicopedagoga